
12ª Semana do Tempo Comum | Sexta-feira
Primeira Leitura (2Rs 25,1-12)
Salmo Responsorial (Sl 136)
Evangelho (Mt 8,1-4)
1. Somos hiperbólicos em demasia, hipertrofiando por demais nossos próprios sofrimentos. Hoje se diz que a Igreja é perseguida... Embora haja uma oposição por parte do mundo, ao menos no ocidente, o termo perseguição é inadequado. Sofremos certo incômodo, certo antagonismo, mas de modo nenhum podemos comparar isso ao sofrimento dos santos e mártires. A primeira leitura nos dá uma dimensão sobre o que é o sofrimento. Os caldeus fecharam a cidade de Jerusalém, o povo começou a passar fome. Abriu-se uma brecha nos muros da cidade, e o rei fugiu com seus exércitos. Capturado por um dos generais inimigos, o rei foi obrigado a assistir a morte de seus filhos um a um, posteriormente foram-lhe arrancados os olhos, e atado a pesadas correntes, fora levado como escravo a Babilônia. O sofrimento em um grau atroz. A fome, a cena da morte dos filhos como a última imagem clara, os olhos arrancados, a escravidão no exílio... Isso nos dá uma dimensão do sofrimento, ante tão terrível cena deveríamos ter mais pudor ao reclamar de nossas pequenas dificuldades.
2. <A minha língua fique pegada às minhas fauces, se eu não me lembrar de ti. Se eu não me propuser Jerusalém, como o principal objeto de minha alegria. (Sl 136, 6)> ; O salmo foi composto no exílio e tinha um significado histórico bem concreto. Seu significado espiritual refere-se a Jerusalém celeste, ao Reino dos Céus. Todavia, entre o passado e a eternidade, ecoa um chamado histórico também concreto. Jerusalém a cidade santa encontra-se hoje sob domínio dos inimigos da cruz. Isso deveria ser para nós fonte de grande pesar... Um lugar tão santo, abandonado aos judeus. Jerusalém deveria ser a capital da cristandade, um lugar sob domínio da Igreja, pronto a receber peregrinos, repleto de monges, padres, religiosos e religiosas... Entretanto, lá está sob domínio dos descendentes daqueles que crucificaram Jesus, homens estes que não cessam de profanar tal solo sagrado com tão graves pecados (como por exemplo a marcha do orgulho sodomita anualmente ali realizada).

3. No dia de hoje celebramos a memória de São Josemaria Escrivá. A teologia do padre Escrivá traz um novo sentido as realidades cotidianas, dando ao ordinário uma dimensão extraordinária. De algum modo, São Josemaria trouxe uma dimensão poética a ''vida comum'', tornando aquilo que era fonte de tédio e sofrimento, uma épica aventura sagrada.
São Josemaria Escrivá, rogai por nós!
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