Durante o período de confinamento eu já vasculhei o continente, desci ao fundo do mar e subi até um castelo nos altos céus, explorei cavernas, descobrir os tesouros de uma antiga e avançada civilização, visitei templos antigos, examinei ruínas, andei de navio, barco e dirigível, lutei contra a tirania imperial, viajei no tempo e travei uma épica batalha contra monstros demônios afim de cumprir uma antiga profecia. Não que eu seja um herói ou algo do tipo, apenas estava a jogar Final Fantasy!
Final Fantasy é - ou era, meus últimos videogames foram o Nintendo DS e o PS2 - a elite dos games, a alta cultura dos rpg's, trazendo a cada novo jogo uma estética harmônica e ordenada, uma história complexa, personagens interessantes, um vasto mundo a explorar, desafiando e entretendo o jogador por horas e horas, embora é certo, não destituído de defeitos. Sendo fruto de uma cultura em que o cristianismo é algo marginal e minoritário, não raro tais jogos carregam em si referências ocultistas e ecos a certas calúnias anti-eclesiais, ainda que como uma obra renascentista, possa-se com algum esforço ignorar tais elementos, e desfrutar da estética fabulosa que permeia a maioria dos jogos.
Enquanto a crise sanitária nos obriga a ficar em casa, coloquei como meta zerar todos os Final Fantasy do princípio ao PS1, ignorando porém as séries paralelas, então basicamente será do 1 ao 9. Pouco antes disso, empreendi uma mega jornada no universo de Rockman/Megaman X, mas tive de parar antes de adentrar no PS2 (que tem os piores dois jogos da série), dado que minha máquina não suporta o emulador (se o leitor clicar nos anúncios e comprar os produtos dos parceiros anunciantes, quem sabe eu não consiga comprar um PC novo?)....
Voltando a Final Fantasy, o primeiro (Final Fantasy) jogo salvou a Square da falência e inaugurou muitos paradigmas da franquia, finalizei recentemente a versão melhorada (em questão de gráficos e correção de alguns bugs) no GBA. A história inaugural é relativamente simples: com o avançar dos séculos antigos demônios são despertados, cada qual exercendo seu poder sobre um dos quatro elementos, trazendo assim grande caos e destruição ao mundo. Uma antiga profecia fala sobre os guerreiros da luz, quatro personagens misteriosos trazendo com sigo 4 cristais, que virão para restaurar a ordem e trazer a paz ao mundo. A estrutura narrativa me lembra um conto de fadas... Apesar de não desenvolver muito os personagens (os protagonistas permanecem mudos a história inteira), a ideia da jornada, das profecias, de como acontecimentos míticos influência os destinos da terra, foi tudo tão agradável. E houve um plot twist interessantíssimo no final.
Como pretendo jogar o FFIII e o FFIV no DS, para não sair do GBA o próximo post deve dar um salto e ir direto para FFV. Mas antes, preciso ganhar a liga Pokémon.
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